Eu tinha muita vontade de conhecer a Europa, e um desejo desesperado por Paris. Nas férias do último abril, por fim, eu e o maridão fizemos a viagem sonhada com gostinho de lua-de-mel. Partindo de Fortaleza, começamos por Portugal e seguimos até Madri de avião, onde iniciamos um tour de vários dias por terra, passando por muitos países, cidades, e paisagens de cair o queixo (que parecem só existir nos slides de powerpoint dessas mensagens e correntes que enchem a nossa caixa de e-mail).

Propositalmente, escolhi um roteiro que terminasse em Paris para um “magnifique finale”. É claro que tenho muitas histórias e curiosidades pra contar de todos os lugares que passamos. Mas, gostaria de começar pelo último destino. O mais ansiado: Paris.

Depois de duas semanas percorrendo a Europa histórica, chegamos à Cidade Luz na oportuníssima hora do pôr-do-sol. Da janela do ônibus contemplei, emocionada, os últimos instantes do astro que parecia acenar pra mim, incendiando as plantações da estrada, imergindo na linha do horizonte. Senti-me regressando a um lugar que já havia estado antes, nos romances que li. A Paris de “Travessuras da Menina Má”, ou do “Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, meu livro e filme favoritos.

Mágico foi ouvir o charmoso francês por toda parte e ver a arquitetura das fachadas, as tulipas colorindo os canteiros e o povo à caça de um pedaço de luz pra se aquecer. Eles se esticam na grama das praças - como se estivessem em suas camas -, “quaram” nos cafés e nas escadarias dos prédios, sempre sob o sol e, comumente, imersos em alguma leitura (achei esse detalhe, o máximo).

Visitamos a Torre Eiffel, o Louvre, a famosa Catedral de Notre-Dame, o Palácio de Versailles, e fizemos o tradicional passeio de barco pelo fascinante Sena, para onde Vargas Llosa me transportou tantas vezes nos diálogos picantes de “Ricardito e a Menina Má” quando caminhavam por suas margens. Também, fomos ao pitoresco bairro onde acontece a maioria das cenas de Amélie Poulain. O Montmartre. Situado no alto de uma colina, subimos de bondinho e, na volta, descemos saltitantes os 240 degraus. Caminhamos por suas ruas de paralelepípedo, visitamos a Sacré-Coeur e jantamos “spaghetti bolognaise” em um de seus restaurantes aconchegantes sem dispensar o “bon vin rouge”.

Tivemos uma overdose de “arte & cultura”, porque pra onde você se vira, se esbarra numa “obra-prima”. Porém, esse estilo de pacote “maratona turística” tem um lado muito cruel, que é o da “pressão”. Em plenas férias, hora pra tudo. O telefone toca pra despertar quase de madrugada. Aí você tem que enfrentar o banheiro no frio, se arrumar em tempo recorde (imagine que eu tenho um ritual de creminhos, maquiagem e vários “processos”). Por fim, a mala - que a cada dia fica mais difícil de fechar -, tem que estar no corredor em meia hora, caso contrário, você mesmo terá que carregá-la, explodindo de suvenires. Até que, finalmente, você se senta pra tomar o café-da-manhã com os minutos contados pra não perder o ônibus (cansou?). Mas, dormir ou descansar em euros custa muito caro, meu bem. Então, você faz tudo rapidinho e sorrindo.

A verdade é que eu estava louca pra “me soltar”. Queria andar pelas ruas sem pressa, sentir o cheiro da cidade - mesmo que os franceses não gostem de tomar banho -, explorar a Cidade Luz, sem guia decretando o minuto de voltar. Talvez, sentar num café e ficar a toa, só espiando o povo. Ou, simplesmente, ouvindo a conversa da mesa ao lado, em francês, mesmo que eu não entendesse nadinha. Eu queria “me afoitar” em Paris (coisa de sagitariana).

Certa tarde, saindo do Louvre, parecia cedo, porque o sol por lá se põe bem tarde. Então, eu, meu amado marido, e três casais que haviam se tornado amigos e companheiros de aventura, decidimos voltar à Torre Eiffel onde só havíamos estado de passagem. A brasileira, vendedora da loja de perfumes, nos ensinou a ir de ônibus. Como a Torre é muito alta, dá pra avistá-la de longe. E quando ela nos pareceu bem próxima, saltamos em sua direção e caminhamos até lá beirando o Sena.

Linda, imponente, maior que eu podia imaginar. Subimos o elevador até o seu último andar e vimos toda Paris lá do alto da Torre Eiffel. O sol se pôs majestoso como um presente de Deus aos nossos olhos. Mesmo sendo primavera fazia muito frio e o vento nos dava uma sensação térmica pior. Eu me sentia congelar. Desejei o calor que eu tanto amaldiçôo do meu Ceará.

Quando descemos já era noite, e não tão cedo para um céu que há pouco estava claro. Fizemos uma horinha, pensamos em procurar um lugar pra comer, mas o frio apressou a vontade de voltar para o hotel e nos enfiar debaixo do edredom. Além do mais, estávamos esgotados, pois esse foi um dos dias mais puxados, com horas imensuráveis em pé e quilômetros de caminhada no Louvre. E, para completar, a fome apertava o estômago.

Infelizmente, os nossos amigos não estavam hospedados no mesmo hotel que nós. Juntos, eles iam arriscar o metrô. Pra não nos aventurarmos sozinhos, meu marido sugeriu pegarmos um taxi. - Taxi? - cochichei. - O hotel é do outro lado da cidade! Faz idéia de quanto vai custar essa corrida? E, se a gente multiplica por dois e meio, dá uma fortuna!

Seguimos com os nossos novos amigos, unidos como velhos camaradas. Um casal baiano e dois casais paulistanos. Esses últimos, principalmente, já deviam estar acostumados com metrô. Mas nós? Fortaleza nem inaugurou o metrô! Enfiamos o ticket na catraca e fizemos uma “moita” na frente daquele mapa maluco da parede, com várias linhas na horizontal, vertical, diagonal, estilo os desenhos que a minha filha fazia quando tinha quatro anos.

Na confusão, entendemos que a linha que deveríamos pegar era a mesma do resto da turma, e melhor, com apenas um trecho. Uma reta pra chegar ao nosso destino, que era a Estação Gallieni. Subimos animados. Ali seria a nossa despedida, pois, na manhã seguinte, permaneceríamos em Paris, enquanto os nossos amigos partiriam para Londres. Não demorou muito para percebermos que a Gallieni não constava entre os nomes das Estações da rota daquele trem. Eu e meu marido nos entreolhamos receosos. Senti um friozinho na barriga e sussurrei:

- Pegamos o bonde errado. E agora? O que será de nós sem entender bulhufas de francês?

Os amigos perceberam a nossa apreensão. Perguntaram se havia algum problema. Mas, o trem já freava na estação deles, e nós tentávamos pedir informação a outro passageiro, enquanto abríamos um mapa-sanfona do metrô que eu guardava na bolsa. Foram instantes de angústia geral. Notamos o semblante de preocupação dos nossos amigos. A simpática paulistana, Ana Rita, parecia se valer de São Longuinho, chefe do “Departamento Celestial de Achados e Perdidos”. Numa fração de segundos, compartilhamos sensações de aflição, e não deu sequer tempo (nem havia clima) de nos despedirmos. Deram um adeus triste e desceram. Foi horrível! A porta do trem fechou e voltamos o olhar para o homem que tinha, agora, as sobrancelhas arqueadas de interrogação.

- S'il vous plaît, monsieur ! Je suis brésilienne et... (Por favor, senhor! Eu sou brasileira e...)

- Vous parlez… Do you speak English?

- Pode ser Espanhol? Quer dizer... Do you speak Spanish??

As sobrancelhas do homem desabaram e, espremendo os olhos, disse algo em francês. Talvez um, “vocês tão ferrados, babacões”.

Sorri simpática e balbuciei:

- Hããã? Pardon... Je ne parle pas Français et... Je voudrais aller à la... (e com dedo apontado para o mapa) Gallieni! Oui? Gallieni!!!

A resposta foi longa. Enquanto apontava para vários pontos do mapa, ele falava feito uma metralhadora:

- rajamaissurcetrainfautdescendreetalleràuneautrestationdesesventousesseusotários!

Em seguida, levantou-se rápido e finalizou, dando a entender que havia chegado a sua estação.

A porta abriu e fechou, outra vez, e o trem seguiu em disparada, para onde não tínhamos a menor idéia. Ali estávamos nós, sob o solo de Paris, altas horas, perdidinhos da silva. Alguns minutos de silêncio, várias estações, gente subindo, gente descendo.

- Estamos nos distanciando ainda mais. Vamos descer agora! – disse, puxando a mão do meu marido na primeira nova parada.

Descemos num impulso. Murchos, sentamos na estação. Meu marido se concentrou no mapa, como quem lê um romance, enquanto outros trens paravam e seguiam. Podíamos sair do metrô e procurar um taxi. Mas, e se não tivesse ponto de táxi nas imediações? E se estivéssemos num subúrbio, nos ermos de Paris? Melhor, primeiro, tentar nos situar. Descobrir onde estávamos. Mas, será se adiantaria? – eu pensava. Fomos dar uma volta. Foi quando nos demos conta do tamanho e complexidade (para nós, leigos) do metrô de Paris. Parecia uma encruzilhada, um labirinto. Corredores, escadas, corredores, escadas, setas pra lá e pra cá. Rodamos, rodamos e paramos tontos em outra estação.

- Vamos perguntar!

- Peraí! Só um pouquinho... Estou quase entendendo esse mapa aqui.

Impaciente, levantei e fui até um rapaz com cara de bonzinho. Fiz uma expressão de quase desespero...

- Pardon, monsieur! Je suis brésilienne et... Je ne parle pas Français. Je voudrais aller à la Gallieni... Gallieni, please! Quer dizer, s'il vous plaît!

- Station Gallieni?

- Oui! Oui! Gallieni! Gallieni! – respondi entusiástica.

Ele disse umas coisas lá que eu não entendi merreca, e apontou pra uma saída.

- Merci! Merci!

E corri para o meu marido toda feliz. É por ali, amor! Vamos!

- Meu marido saiu apressado, sem tirar a vista do mapa. Fazia conjecturas a respeito do mapa, como quem está desvendando um tesouro e tem todo o tempo do mundo.

Seguimos pela saída indicada. Andamos uns dez metros e paramos, porque tinha um cruzamento. Não sabíamos se íamos em frente, ou se dobrávamos à direita, ou pegávamos uma escada à esquerda. Tinha uma placa indicando milhões de estações, mas o nome da Gallieni nem “tchum”.

- Vamos perguntar de novo! – eu disse.

- Deixa eu ver o mapa, peraí!

- Meu amor! Cadê a gente aí!? Onde nós estamos nesse mapa? Pode me dizer?

- Se você me deixar raciocinar e parar de teimosia... Já tô quase encontrando. Acho que é por aqui (meu marido vai vetar esse texto).

Fomos. Chegamos numa estação no exato momento que um trem abria as portas. Como a gente não tinha certeza de nada mesmo, subimos. Ao ler o nome das estações dentro do trem, pasmei: rodamos, rodamos, e subimos no mesmo lugar onde havíamos descido minutos atrás. Estávamos na mesma rota do trem anterior. O jeito foi rir. Descemos de novo.

O meu juízo já estava apertado e o estômago reclamava de fome. Vi uma mocinha sentada, lendo um livro, e antes que o meu marido me segurasse, fui até ela.

- Mademoiselle... Pardon! Je suis brésilienne et... Je ne parle pas Français... - falei com uma voz de coitada.

A francesinha muda, séria, sem expressão nenhuma, olhava firme pra mim.

- Je voudrais aller à la Galiene! Galiene!? – eu dizia enquanto levantava os ombros, com a palma das mãos pra cima, balançando a cabeça, como quem pergunta “cadê a Galiene pelamordedeus?”.

Sem dizer uma palavra, levantou-se e saiu andando apressadinha. Cheguei a pensar que ela estava fugindo de mim. Mas, acelerei o passo atrás, enquanto acenava para o meu marido me seguir. Ela parou na frente de um mapa do metrô enorme e deu batidinhas com a unha num ponto, onde eu quase não acreditei ler: “GALIENE”. Com o outro dedo, braço esticado, ela apontou para a estação que estávamos naquele momento. Credo! Era do outro lado! Longe, muito longe. Respirou fundo - como quem pensa “como é que eu vou explicar?” -, e prosseguiu. Fez um risco com o dedo a partir da estação que estávamos até uma tal de "Nation", e fechou a outra mão em concha num vai e vem pra baixo (gesto obsceno no Brasil), como quem diz “desçam aqui!”. Então, fez um “paz e amor” invertido, balançando o “indicador e o maior de todos”, determinando “caminhem para essa estação” -, onde batia com a outra mão. E, como uma general, escorregou o delo pela linha daquela estação, mostrando que sua parada final era justamente a Gallieni. Ufa!!! Por fim, abriu um sorriso amarelo e deu as costas no mesmo passo avexado. Sequer deu bolas pra mim com as mãos unidas em posição de reza, enquanto dizia “merci, merci, mademoiselle!”.

- E agora? Será se entendemos? Vamos recapitular – disse confusa.

Revimos o percurso e um clarão enorme se acendeu. Tudo parecia simples, embora complicado. Hã?

Fomos atrás da estação que nos levaria – pela hóstia sagrada - à outra estação que nos deixaria, finalmente, na tal Gallieni.

Penamos um pouquinho, mas, achamos. Descemos na Nation, mudamos de trem e saltamos na Republique pra pegar o último trem que nos levaria de volta ao hotel. Assim que subimos, procuramos na lista das estações o nome da Gallieni. E lá estava. Eu queria subir na cadeira e beijar aquele nome. Que alívio! Mas, na primeira parada, percebemos que estávamos na direção oposta. Descemos. Tive medo de nos perdermos de novo tentando achar o ou outro lado da mesma estação. Deu vontade de pular nos trilhos e saltar para o lado de lá. Que loucura! Por fim, deu tudo certo. Pegamos o nosso trem. Sentamos exaustos e relaxamos felizes. Só reclamávamos da fome. E o restaurante do hotel já devia estar fechado. E por falar em hotel, ainda tínhamos que encontrá-lo.

Descemos na Gallieni sãos e salvos - merci, mon Dieu! - e subimos a escada que nos levaria até o solo. Agora, cada um pensava melhor entender aquele metrô. Olhamos para o alto em busca do hotel. Uma surpresa: a placa do McDonald’s bem na saída. E, um pouco mais a frente, a do NOVOTEL. Foi o “Mc” mais gostoso da nossa vida. Desmaiamos sob o edredom. Final feliz!


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9 comentários:

    Anônimo disse...

    Oi,Cristina.
    Dei boas risadas lendo a sua crônica "Perdidos em Paris. Da próxima vez, eu lhe darei uma aula que terá como título "Como andar de metrô em Paris". Não quero que a amiga passe mais uma vez por este sufoco.
    Naísa

  1. ... on 16 de maio de 2010 às 12:14  
  2. Anônimo disse...

    Cristina,

    O Manuel leu também a sua crônica e também gostou muito. Sugeriu que tentasse publicá-lo em algum jornal. Está realmente muito bem escrito e com muito humor. Eu acho que o jornal O Globo publica estes relatos de viagens. Parabéns!!!
    Naísa e Manuel

  3. ... on 16 de maio de 2010 às 12:33  
  4. Unknown disse...

    Mana, você é mesmo um gênio!
    Adorei sua crônica Perdidos em Paris!
    Me diverti muito! Parecia estar vendo a cara de vocês, principalmente a sua né? rsrs
    Parabéns!
    Amo você!
    Bjussssss
    Sua mana Ana Paula Grangeiro.

  5. ... on 16 de maio de 2010 às 14:33  
  6. Anônimo disse...

    Cristina, como vc me surpreende!
    Achei o máximo! Cada história contada é uma emoção. Me divertí muito com cada trecho e posso até imaginar a cara de vocês dois passando por esse sufoco.

    Beijo no coração!

    Valéria Lopes

  7. ... on 16 de maio de 2010 às 17:53  
  8. Lêda Bezerra de Menezes disse...

    Não posso negar que dei boas risadinhas lendo seu texto, apesar de sentir junto com voces a aflição de estarem perdidos em terras extranhas, olha Cris, só em memorizar o Serginho muito sério com o mapa nas mãos como se estivesse lendo uma notícia no jornal, ou olhando o resultado da bolsa de valores... é de certa forma cômico. Mas graças a Deus que deu tudo certo, e o final feliz em baixo do edredon, com certeza compensou tanta aflição. Um beijo, amo vocês.

  9. ... on 16 de maio de 2010 às 20:13  
  10. Unknown disse...

    Fantástico!!!
    Adorei!!!
    Sorte vcs terem aprendido pelo menos uma frase em francês; tiveram que repeti-la várias vezes no metrô... rsrsrs...

    Parabéns mais uma vez... ótima leitura!

    Valcir Machado.

  11. ... on 22 de maio de 2010 às 05:13  
  12. Anônimo disse...

    Fiquei aflita também lendo esse texto! kkkkk

    Muito bom mesmo!
    Fico esperando novas aventuras na Europa, hein? haha

    Beijão!

  13. ... on 25 de maio de 2010 às 19:05  
  14. Anônimo disse...

    Oi Cris,

    Sensacional o seu texto sobre Paris, enquanto ia lenda cada frase, regozijava, lembrando também dos apuros quando estive na cidade da luz em meados de março, cada texto é uma grande risada, muito bom mesmo,a unica palavra que aprendi em Francês foi sortie que encontrava muito nos metrôs, não encontrei observação sobre os jardins de luxemburgo, caso tenhas visitados escrevas algo sobre o próprio gostaria de ver como ficaria nas tuas palavras!
    no mais Parabens pelo texto sensacional e muito divertido.
    Um grande abraço.
    do amigo César Pinheiro.

  15. ... on 10 de junho de 2010 às 17:59  
  16. Anônimo disse...

    Oi Cris,

    Sensacional o seu texto sobre Paris, enquanto ia lenda cada frase, regozijava, lembrando também dos apuros quando estive na cidade da luz em meados de março, cada texto é uma grande risada, muito bom mesmo,a unica palavra que aprendi em Francês foi sortie que encontrava muito nos metrôs, não encontrei observação sobre os jardins de luxemburgo, caso tenhas visitados escrevas algo sobre o próprio gostaria de ver como ficaria nas tuas palavras!
    no mais Parabens pelo texto sensacional e muito divertido.
    Um grande abraço.
    do amigo César Pinheiro.
    acrescentando cidade e profissão
    cidade Fortaleza, profissão Auditor Fiscal.
    @mail ancepisi@ibest.com.br

  17. ... on 10 de junho de 2010 às 18:04