Antigamente, quando falávamos em futuro, pensávamos na geração dos nossos filhos e netos. Hoje, com a aceleração dos processos de mudança, o futuro é um “pestanejar”. Os termos “avanço”, “velocidade” parecem incompatíveis ao que de fato significa o movimento de transformação do mundo. É como se futuro e progresso competissem, e o progresso chegasse à frente.
Tudo o que parece novo torna-se obsoleto, antes mesmo de ser inteiramente conhecido. A tecnologia é o que mais impressiona e, com ela, o que move a engrenagem de todas as coisas: a Comunicação. Nesse território, ao que tudo sinaliza, não serão os mais fortes a sobreviver. Mas, os mais inovadores, ágeis e adaptáveis.
Muitas fontes de informação sobre esse tema afirmam que o mobile, a banda larga, e o “tempo real” são a forma como pensaremos a comunicação amanhã (leia-se: “já”). Os telefones móveis com acesso à internet, que substituem o computador, estarão cada vez mais acessíveis. As próprias Empresas vão subsidiar, pois terão interesse em falar com as pessoas “on line”, estreitar relacionamentos.  As Redes Sociais e outras novidades vão se desenvolver. E a interatividade será um canal em contínua expansão.
A TV vai crescer, pois vai convergir para a internet. Aliás, a tendência é que todos os meios convirjam para algo que mais se pareça com TV. O break comercial deve deixar de existir, porque as pessoas terão o controle, e não mais as Empresas, que durante décadas estiveram no poder.  Elas verão somente o que lhes interessa de fato, inclusive a publicidade. E esta, terá sua funcionalidade a partir de ações criativas que ofereçam atração e entretenimento.
Os jornais, no formato impresso, devem ser reduzidos até desaparecer. Vejamos o exemplo do tradicional JB que saiu de circulação. O influente New York Times também anunciou o breve fim de sua versão impressa. E, contribuem para isso, o custo elevado de impressão e distribuição, a notícia “fria” e a curta vida útil. O Jornal deve buscar a sua “evolução” na internet. As revistas impressas podem resistir um pouco mais porque seu conteúdo é menos “perecível”.
As Empresas que vivem da comunicação não devem se acomodar. Ou correm o sério risco de serem engolidas pelas que já realizam um movimento de adequação. Nenhum sistema é imbatível. Vejamos o que aconteceu com a indústria fonográfica! Perceber as implicações desse desenvolvimento tecnológico exponencial, em plena aceleração, é fundamental para vislumbrar possibilidades viáveis e promissoras para as novas formas de comunicação e, também, de fazer publicidade. Tudo bem. Estamos falando de futuro. Mas, quando é mesmo o futuro?
Vamos imaginar essa nova mídia ao alcance do nosso Iphone. Um anúncio que começa com um texto, mas tem uma fotografia que, num clique, cria movimento e vira um vídeo. Estaremos vendo uma propaganda de jornal? Ou revista? Talvez uma TV? Na verdade, será TUDO ISSO em uma só apresentação, porque todos esses meios de comunicação terão características parecidas e estarão, ainda, interligados às Redes Sociais. Assim, teremos um ecossistema circundante, formado por um conjunto de opiniões que se respeitam, filtros de informações confiáveis, espaços privados, relacionamentos verdadeiros.  E os esforços estarão voltados para ganhar a preferência das pessoas.
As organizações vão passar por transformações, começando por manifestações de criatividade horizontais e colaborativas, saindo dos modelos tradicionais de hierarquia. O “quem fez” ou “quem criou”. E a propaganda vai migrar para a forma digital, interativa, móbile, social e vídeo. Os usuários terão o controle. Os veículos de comunicação serão, na verdade, um “cross-midia” com áudio, vídeo, texto, rede social, possibilidade de conexão, twitter, tudo numa coisa só. E o que vem a ser uma ferramenta de entretenimento, será encarado ao mesmo tempo como instrumento de trabalho, interatividade e informação constante.


Foto divulgação.


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10 comentários:

    Unknown disse...

    Cristina...
    Acho que vc foi correta em tudo o que vislumbrou.
    Morro de medo exatamente por isso, por acreditar que será exatamente assim.
    Acho que isso, esse "futuro" que é "agora" nos prenderá demais à frente das telas da vida e nos fará viver cada vez menos o "fora da net". Estaremos subjugados à vida moderna, exclusivamente, e cada vez mais distante de tanta vida boa que já se viveu!

    Parabéns mais uma vez!

  1. ... on 15 de outubro de 2010 às 12:31  
  2. Unknown disse...

    Muito bom o seu texto e acrescento que teremos que ter muito mais criatividade em nossas atividades. nada vai deixar de existir,porem tudo estara adaptado para esta "nova era" na qual ja estamos nela. O futuro 'e hoje. Temos que acompanhar esse tempo que nos carrega junto.

    Adorei o texto! Muito preciso. bjs Ilnah

  3. ... on 17 de outubro de 2010 às 13:01  
  4. Anônimo disse...

    Querida amiga Cris,

    Muito bom artigo sobre tendências. Concordo com a maioria das suas colocações e abaixo venho contribuir com algumas considerações minha sobre o que ocorre hoje e o que nos espera no futuro.

    Penso que isto é só o começo, mas que não podemos prever com algum grau de certeza a onde tudo isto vai nos levar, pois as pessoas estão aprendendo e mudando, e os movimentos podem sofrer paradas, as bolhas podem estourar.

    Com certeza estamos vivento mais que uma revolução nesta era do conhecimento, a tecnologia da informação com tudo o que apresenta de novo nos deixa espantados: SmartPhones, Web 2.0 e agora 3.0 com a geolocalização e outros pontos, a Realidade Aumentada, a popularização dos celulares - cada vez com mais recursos, os novos Gadgets como o iPad, Kindle, Netbooks e outros.

    Então esta nova TI desencadeia junto com a globalização uma revolução na economia, nas organizações nas estratégias, nos sistemas de gestão, etc.

    E isto nos leva também a uma revolução social, com mudanças comportamentais individuais e coletivas, com a inclusão social do terceiro setor, dos pobre e oprimidos; surgem as redes sociais que mais do nunca contribuem para a liberdade de expressão e de comunicação, e novas mudanças nas empresas, principalmente no que diz respeito a forma de lidar com o prospect e com o cliente, mudanças no marketing e na publicidade - exigindo muito mais transparência, mudanças nas interações entre os colaboradores, etc. Algumas profissões deixam de existir, novas profissões surgem. Nas empresas são necessárias mudanças rápidas, inovação, foco e diferenciação, com menos níveis hierárquicos, empowerment para os líderes e liderados, mais colaboração, valorização do capital humano, velocidade na tomada de decisões, mais terceirização para dar foco no negócio, mais parcerias estratégicas, etc.
    E isto exige de todos mais tecnologia, novas mudanças econômicas, num ciclo contínuo.

    Com estes acontecimentos tão rápidos, nos assustamos, mas pessoalmente tenho procurado sempre ver o lado bom de tudo isso, de forma otimista, acreditando num futuro melhor, mas que só existirá se cada um de nós contribuirmos para fazer a diferença. Devemos lembrar que as coisas por si só não são boas ou ruins, o mal está no coração do homem e é este que precisa ser tratado. Menos egoísmo, menos individualismo, menos orgulho e vaidade, menos consumismo desordenado, menos maledicência. Precisamos sim, pensar cada vez mais no outro, na família, na comunidade e na sociedade, valorizando a ética agindo com princípios e valores, preservando a natureza, dando sustentabilidade não só às empresas mas a humanidade e ao planeta. Amar mais, contribuir mais, ser gentil – a começar com os familiares e colegas de trabalho e no trânsito, enfim – a vida continua, precisamos de paz no coração, serenidade, equilíbrio, moderação para poder viver bem neste mundo agitado.

    Abraços,

    Nei Grando

  5. ... on 18 de outubro de 2010 às 10:57  
  6. Cris Grangeiro disse...

    Caro Nei,

    Obrigada por colaborar com sua bela reflexão. Ainda mais, vinda de você, que é um especialista da área e, também, um ser humano de nobres valores.
    Aliás, sugiro aos meus leitores conhecerem o blog do meu amigo Nei, sobre "Pessoas, Negócios e Tecnologia": http://neigrando.wordpress.com/

  7. ... on 18 de outubro de 2010 às 18:50  
  8. Anônimo disse...

    Olá, pantera...
    Cada vez q venho aqui, encontro seu blog melhor e melhor. Fico muito feliz por tê-la como amiga, pois és uma mulher admirável como profissional e como ser humano.
    Saudades mil!

  9. ... on 19 de outubro de 2010 às 19:30  
  10. Unknown disse...

    Querida Cris. Muito bom o seu artigo. Sei muito bem o significado do que postou.

    Por 16 anos estive (junto com meu marido/sócio) no comando de uma empresa de TI. Fizemos o primeiro portal de imóveis do Brazil, fizemos o homebroker da maior corretora de valores do Brasil... Vivemos plugados 24 horas sempre respirando o que há de mais inovador em tecnologia...

    A minha família sempre viveu e experimentou essas tendências. Quando os jornais começavam a falar em lojas virtuais eu já tinha montado a minha cozinha inteira e lavanderia via loja virtual. Quando questionavam sobre usar ou não banco on line eu já fazia pagamentos, transferências bancárias sem medo...

    Minha casa virou um conjunto de mini ocas onde cada membro familiar tinha o seu computador plugado na internet.

    Atualmente minhas filhas estão morando em SP enquanto eu fico a 13 km de distância delas na Grande SP. E é essa tecnologia que nos mantêm unidas, pois estamos juntas pelo Facebook, Gmail, SMS, Skipe e tudo mais o que vier...

    Há muitos anos não sei o que é ir a um supermercado fazer as compras do mês, pois faço via web. Presentes de casamento, aniversário, natal, só pela web. Faço parte do Peixe Urbano, Clube Urbano...

    A gente nem percebe, mas vai enveredando por um caminho virtual que parece sem volta. Sou uma consumidora virtual e tenho experiência nesta área como consumidora e como profissional.

    As empresas precisam acompanhar a evolução para não ficarem apenas na janela vendo a banda (futuro) passar.

    Heloiza Helena Grando

  11. ... on 21 de outubro de 2010 às 07:54  
  12. Luciana Carvalho disse...

    Por fim!!!! Nos seguimos mutuamente!!! hahahaha Saudade Cris

  13. ... on 10 de novembro de 2010 às 15:44  
  14. Unknown disse...

    Só agora tive tempo de passar por aqui...excelente suas colocações, muito pertinentes e a pura realidade. Já me sinto nesse mundo. Diarimente isso é exigido de todos nós, jornalistas, publicitários, enfim, pessoas da comunicação. Confesso q ainda sofro com algumas coisas, mas já, já passa. Parabéns pelo texto. Bjs

  15. ... on 15 de novembro de 2010 às 17:22  
  16. Anônimo disse...

    Só agora tive tempo de passar por aqui...excelente suas colocações, muito pertinentes e a pura realidade. Já me sinto nesse mundo. Diarimente isso é exigido de todos nós, jornalistas, publicitários, enfim, pessoas da comunicação. Confesso q ainda sofro com algumas coisas, mas já, já passa. Parabéns pelo texto. Bjs

  17. ... on 15 de novembro de 2010 às 17:22  
  18. Luciana Carvalho disse...

    Cd vc??? Saudades dos textos...

  19. ... on 25 de janeiro de 2011 às 16:41